A homofobia costuma se manifestar de diferentes formas. Violência física e psicológica, insultos, ofensas e constrangimentos são algumas delas. Em um blog na internet intitulado “Roberto Cavalcanti”, por exemplo, há um artigo publicado em julho do ano passado, onde o autor apresenta a tese de que a homossexualidade “é um flagelo moral e por isso deve ser expurgado das relações sociais, assim como criminalizado, tendo em vista o potencial ofensivo à sociedade que carrega em si”.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Manifestação pública pelo fim da homofobia
A homofobia costuma se manifestar de diferentes formas. Violência física e psicológica, insultos, ofensas e constrangimentos são algumas delas. Em um blog na internet intitulado “Roberto Cavalcanti”, por exemplo, há um artigo publicado em julho do ano passado, onde o autor apresenta a tese de que a homossexualidade “é um flagelo moral e por isso deve ser expurgado das relações sociais, assim como criminalizado, tendo em vista o potencial ofensivo à sociedade que carrega em si”.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
30 anos de combate à Homofobia
Fim de tarde. Sentado ao redor do Farol da Barra, assistindo ao pôr do sol, ao lado do seu companheiro. Subitamente, Luís sente o peso da mão que marca o seu rosto. Imediatamente percebe que foi um tapa dado por alguém que o observava. O motivo: o agressor percebera que Luís estava acompanhado do seu namorado. Casos como este representam a homofobia existente na sociedade. Entretanto, o personagem da história é real e foi durante sua participação no ciclo de conferências Memória dos Movimentos Sociais, no dia 4/09, no auditório da Biblioteca Pública (Barris) que, Luís Mott, fundador do GGB, confessou que já sentiu na pele os efeitos da intolerância.
Em 2007, a Bahia registrou o maior número de crimes cometidos contra homossexuais, enquanto que o Brasil lidera a lista de países onde os assassinatos são freqüentes. Neste contexto, a proposta era a de debater a trajetória de lutas do Movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Além de Mott, participaram também a presidenta da Associação de Travestis de Salvador, Milena Passos e a integrante do Núcleo de Mulheres Negras Feministas e Lésbicas Negras, Ana Cristina Santos “Negra Cris”.
Há exatos 30 anos o movimento homossexual brasileiro marcava espaço na arena dos movimentos socialmente organizados com a formação do grupo Somos, do Rio Grande do Sul e do jornal Lampião, que circulou de 1978 a 1981. Desde então, vários fatos podem ser considerados como conquistas para este movimento, por exemplo, a retirada, em 1974, do homossexualismo (termo mais tarde substituído pelo movimento LGBT para ‘homossexualidade’) da lista de doenças mentais pela Associação Americana de Psiquiatria e a fundação do Grupo Gay da Bahia, em 1980, pioneiro no combate à homofobia no estado. “A homofobia vai desde o insulto até a agressão física. É muito triste a posição que o Brasil ocupa no ranking dos países homofóbicos. É preciso estancar os assassinatos e arrombar as portas dos armários”, ressaltou Mott fazendo alusão aos homossexuais que não se assumem e ficam “escondidos no armário”.
Todavia, o movimento homossexual no país apresenta subdivisões. Para Negra Cris, o recorte se faz necessário, pois o movimento não contempla todas as necessidades do segmento. “Eu não sou apenas uma mulher lésbica. Eu sou uma mulher lésbica e negra. Portanto, sofro uma tripla discriminação”, destacou. A militante afirmou ainda que ser uma ativista é também assumir uma postura responsável nas escolas em que ensina, isenta de preconceito ou até mesmo não rir quando presencia uma situação discriminatória. “Nós vivemos em um Estado laico, onde não é respeitada a nossa dignidade, principalmente por conta de fundamentalistas religiosos. Cerca de 37 direitos são negados quando assumimos nossa homossexualidade”, criticou.
Dos direitos negados aos homossexuais, destacam-se: não poder somar renda para aprovar financiamentos; não poder incluir parceiros como dependentes no plano de saúde; não participam de programas do Estado vinculados à família; não adotam filhos em conjunto; não têm licença maternidade/paternidade se o parceiro adota filho; não têm licença-luto, para faltar ao trabalho na morte do parceiro; não têm garantida a permanência no lar quando o parceiro morre; etc. O GGB e a ATRAS são exemplos de organizações cujo propósito é o de garantir que os direitos da comunidade LGBT sejam tão efetivos quanto os de qualquer cidadão, independente de orientação sexual.
Para Michelle Makeda, 21, estudante de Secretariado Executivo, realizações como esta servem para discutir “um assunto que deve ser cada vez mais debatido. É muito interessante a abertura que eventos deste tipo promovem”, destacou.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
A construção em conjunto

Ocupado na década de 30, o Calabar, que antes era um quilombo onde viviam negros nigerianos, quase sempre era veiculado na mídia baiana em geral de forma depreciativa. “Um dos principais objetivos da união dos moradores do bairro era justamente tentar mudar a imagem inditosa do Calabar. Era preciso usar a imprensa a favor da gente”, destacou Rodrigo Pita, coordenador do Grupo Jovens em Ação (GJA) do Calabar e da Biblioteca Comunitária do Calabar. “O Calabar não tinha nem um tipo de saneamento básico, nem luz elétrica, por isso a comunidade se uniu para lutar por melhorias”, ressaltou.
Hoje à frente do GJA, Pita desenvolve um trabalho de incentivo à leitura no bairro, através da

Resultados como este demonstram o poder de ação das associações de bairro. José Maurício Daltro, representante do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), defende que “é preciso acreditar que os moradores são os atores de transformação social”. Daltro ressaltou ainda a participação massiva das mulheres nesse tipo de associação. “Grande parte das lideranças comunitárias são mulheres que muitas vezes enfrentam o machismo em casa para estar a frente das associações em busca de melhorias para o próprio bairro”, afirmou o palestrante
A partir da estatística de que o Brasil possui uma população majoritariamente urbana, cerca de 85%, Ramiro Pedro Cora, presidente da Federação das Associações de Moradores do Estado da Bahia (FAMEB), argumentou que este dado, na prática, cria uma série de demandas e desafios para as entidades comunitárias, tais como problemas relacionados à saúde, segurança e habitação. Cora criticou também o apoio conferido por algumas associações a determinados partidos políticos. “É impossível uma associação de moradores, com uma diversidade de filiações partidárias que existe, apoiar um partido político ou um candidato em particular. Caso apóie, não mais será uma associação comunitária”, retrucou Cora.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
A trajetória da luta pela moradia na Bahia

“Desde a década de 40, já existiam ações de luta pela moradia, mas o movimento socialmente organizado somente a partir de 2003”, destacou Raphael Cloux, autor do primeiro livro sobre o MSTS e um dos participantes da mesa de debate. Além de Cloux, participaram também o coordenador estadual do MSTS, Joquielson Batista e o assessor da equipe urbana do Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), Manoel Nascimento.
Desde a criação do movimento até o ano de 2005 mais de 50 ocupações já foram realizadas. Locais como o antigo clube Português, na Pituba, e o shopping Boa Viagem, na Boa Viagem, já serviram de moradia temporária para os integrantes do movimento. Segundo Joquielson Batista, as ocupações são uma maneira de solucionar temporariamente problemas emergenciais relativos à falta de moradia, além de servir como uma forma de pressionar os poderes públicos.
Entretanto, definir a categoria “sem teto” pode não ser uma tarefa fácil, visto que se trata de uma categoria muito ampla. “A dificuldade de se estabelecer o déficit de moradia em Salvador está na própria classificação ‘sem teto’. Não há uma definição única. As pessoas que moram nas ruas, praças, viadutos, aqueles que moram de favor ou até mesmo na casa dos pais, mesmo já tendo constituído família podem ser considerados sem teto”, ressaltou Cloux que ainda criticou as políticas habitacionais, por não atingirem a parcela da população que recebe até três salários mínimos.

Para Rafael Digal, estudante de História, debates como este promovido pela Conferência são cada vez mais necessários. “É muito importante que as instituições públicas abram espaço para os movimentos sociais que aconteceram e ainda estão acontecendo na sociedade”, destacou o estudante a respeito da conferência.
Ciclo de Conferências debate a trajetória do Movimento LGBT

quarta-feira, 18 de junho de 2008
Cresce número de atropelamentos em Salvador
domingo, 25 de maio de 2008
Novamente uma questão de visibilidade

Fruto de desorganização ou não (não quero culpar ninguém), o que importa é que, se a parada tem como um dos objetivos dar visibilidade à causa gay, isto é, visibilidade positiva, os resultados da cobertura podem não ser tão profícuos.

Não é minha intenção discutir se o jornalismo deveria ou não privilegiar os aspectos que não deram certo no evento. Ao que me parece, essa instituição se desenvolveu no Brasil com ares de cão farejador, cujo propósito seria justamente o de “policiar” e “revelar” ao público tudo aquilo que está errado. Portanto, posso aferir que a missão talvez tenha sido cumprida.
O que me interessa aqui é pensar sobre as contribuições que a parada pode promover, no que tange à imagem da causa homossexual perante a sociedade, na luta pela igualdade de direitos, diante dos incidentes. Entretanto, faço questão de salientar que não quero também assegurar os “efeitos” da cobertura midiática, ou melhor, o que uma cobertura que destaca aspectos ruins pode causar. Não é esse o meu foco e nem teria capacidade para tanto. Não quero avaliar de que forma a sociedade recepcionará tais notícias.
Mas uma coisa é certa: a maneira pela qual boa parte do Brasil toma conhecimento dos fatos, como por exemplo a Parada Gay de SP, é, sobretudo, através dos grandes meios de comunicação. Desta forma, o que me instiga é tentar visualizar quais seriam os ganhos, em termos de visibilidade, após o evento (tudo bem, confesso que não sei). Por fim, volto a afirmar que a semelhança em algumas coberturas, como a da Folha On Line e do Estadão, que tiveram como foco os incidentes ocorridos, despertou minha atenção. Só isso.
Homem atropelado por trio elétrico na Parada Gay passará por cirurgia
Ruas permaneciam bloqueadas três horas após a Parada Gay