sábado, 12 de abril de 2008

Homofobia na Bahia - Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB)

 Band News FM - Homofobia na Bahia


De acordo com o relatório anual, divulgado pelo Grupo Gay da Bahia, no dia 08 de abril de 2008, a Bahia é o estado mais violento para homossexuais e travestis, com aproximadamente 15% dos assassinatos ocorridos em 2007. A pesquisa concluiu também que, no ano passado, cerca de 120 homossexuais e travestis foram assassinados no Brasil. A faixa etária da maioria das vitimas era de 20 a 40 anos. Travestis profissionais do sexo, professores, cabeleireiros e ambulantes são os principais grupos sociais atingidos.

Uma das principais dificuldades enfrentadas para se obter dados que comprovem os crimes motivados por homofobia é que, segundo o GGB, no Brasil, não há estatísticas governamentais que focalizem tais crimes. Faltaram ainda informações sobre quatro estados: Amapá, Rio Grande do Sul, Roraima e Rondônia. O relatório foi construído com base em notícias de jornal e internet.

No dia 17 de maio, comemora-se o dia mundial de combate à homofobia, porém, ainda existem países da África e América Latina, onde homossexuais enfrentam leis severas e rígidas. As punições variam de açoites à pena de morte.

Para Marcelo Cerqueira, Presidente do GGB, “Homofobia é uma espécie de racismo sexual baseada na ignorância e na intolerância machista que só considera normal a heterossexualidade, desprezando e discriminando os gays, lésbicas, travestis e transexuais. Todo homófobo tem problemas sexuais: alguns matam para provar que são machos de verdade!”.

A data escolhida faz alusão ao dia 17 de maio de 1990, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de transtornos e doenças mentais. Segundo L.G. Tin, autor do principal dicionário sobre homofobia, editado em Paris em 2003, a justificativa para o evento é “articular ação e reflexão, com vista a combater todas as formas de violência física, moral ou simbólica ligadas à orientação sexual ou à identidade de gênero”.

Um comentário:

Inês disse...

Os dados dão um choque de realidade pra quem tinha em mente manifestações tão "anti-preconceito" como a presença maciça de baianos na Parad Gay.